O relógio correu como havia prometido, e seus ponteiros afiados cortaram nossas possibilidades sem misericórdia. Deixamos as marcações passarem desapercebidas, flertando com os dias, fingindo que eram apenas alguns minutos, jogando o tempo pela janela. Fizemos pouco do pouco tempo, sem questionar o pouco tempo que tivemos antes disso.
Corremos desesperados das possibilidades
Morremos na praia antes de entrar no mar
Pensamos demais, agimos de menos
Será que o tempo vai continuar firme assim?
Não volta, mas por desencargo de consciência eu peço:
_ Volte!
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