terça-feira, 6 de agosto de 2013
Me Recuso
Engraçado, como pensa o homem racional que de razão tem tão pouco
Tanto se contradiz tentando ser social
Ter olheiras, se tornou praticamente um mérito
Espaço vago na agenda, é um pecado estratosférico
É tão normal, criticar quem foge do que é tradicional
Mas a loucura, é procurada pra lazer habitual
Homem bexiga, que estoura por pressão
Não se permite relaxar, sem antes ter qualquer tipo de obrigação
No momento em que o sujeito poderia relaxar e descansar
Prefere ficar doido, enlouquecer, se entorpecer e chapar...
Vivendo em seu mundinho abafado por fones de ouvido
Cercado de celulares, computadores, televisões, propagandas
Sendo bombardeado por informação conveniente
Logo se repara o olhar triste e a cara de acabado
Parece quase certo que o homem se esqueceu do gosto do sucesso emocional
E já não faz questão de ser feliz
Sorrindo a custo de nada
Pagando para viver
Indo dormir pra esquecer
Não se permitindo sonhar
Rezando para que acabe o quanto antes
O dia, o periodo, o ano
Só crê depois de ver
Chora sem soluçar
Ama sem saber porque
Respira por respirar
O ar parece pesado demais
Eu me recuso terminantemente a querer crescer
Eu me recuso a complacência
Eu me recuso ao otimismo cego
Eu me recuso, não quero começar e já saber do fim.
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