terça-feira, 24 de setembro de 2013

Adoçante

Passou a vida escapando pelas beiradas
Toda oportunidade para cruzar a linha era válida
A beleza do pecado sempre foi admirável demais para ser saudável
O gosto era melhor apimentado com proibição
Mesmo que o destino não fosse dos melhores preferia a euforia da danação
Doce veneno: cristal branco, apetitoso, de dar água na boca do Kamikaze

O gosto de adoçante já não satisfazia
A verdade era doce, muito doce

Açúcar?

Não devem usar adoçante na composição da verdade
Talvez usem cobertura de vingança, aquela que se come fria
Cuidado com as lágrimas para que não acabe em agri-doce, me alertaram
O sabor parecia tão real que deu até sede
A mente ficou melada de mastigar a realidade açucarada
Dentes metafísicos, todos cheios de caries e sujeiras...

Mas e a mentira?
Essa sim é feita de sacarina, estévia ou o diabo que seja.


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